Os 10 carros que mais dão dor de cabeça: veja os modelos com mais problemas mecânicos no Brasil - Página 2 de 5 - Husuy

Os 10 carros que mais dão dor de cabeça: veja os modelos com mais problemas mecânicos no Brasil

Anúncios

8º lugar — Volkswagen Amarok: potência e complexidade em conflito

Lançada em 2010, a Volkswagen Amarok foi a aposta da marca alemã no segmento das picapes médias. E chegou com credenciais técnicas de respeito: tração integral permanente, motores turbodiesel eficientes e câmbio automático de 8 marchas — o primeiro do tipo entre as rivais.

As motorizações mais conhecidas incluem o 2.0 TDI biturbo, que entrega 180 cv e bons 42,8 kgfm de torque, além do 3.0 V6 TDI com até 258 cv. O desempenho é um dos seus pontos fortes, tanto no asfalto quanto fora dele. O comportamento dinâmico também se destaca, com direção precisa e conforto superior ao de outras picapes.

Anúncios

A lista de equipamentos sempre foi generosa nas versões topo de linha, com central multimídia, bancos de couro, controle de estabilidade, assistente de descida e mais. No papel, a Amarok entrega o que promete: robustez alemã e refinamento mecânico.

Mas nem tudo são flores. A complexidade do motor biturbo e da válvula EGR (responsável pelo recirculador de gases de escape) traz problemas recorrentes, como perda de potência, fumaça excessiva e falhas no sistema de injeção. Muitos proprietários também relatam rompimento precoce da correia dentada, mesmo com manutenção em dia.

Anúncios

O câmbio automático, embora eficiente, pode apresentar trancos e falhas de comunicação com a central eletrônica. E, em modelos mais rodados, há registros de superaquecimento do motor e pane no sistema de refrigeração — o que, em uma picape que se propõe a encarar longas distâncias e trilhas, é preocupante.

Por que está na lista?
A Amarok figura entre os modelos mais problemáticos por causa da alta complexidade mecânica, que exige manutenção especializada e peças caras. Apesar de seu desempenho e acabamento acima da média, o histórico de falhas técnicas — principalmente nos motores TDI — a transforma em um risco calculado para quem busca uma picape confiável no longo prazo.


7º lugar — Renault Fluence: boas intenções, execução duvidosa

O Renault Fluence chegou ao Brasil em 2011 com a missão de substituir o Mégane e bater de frente com gigantes do segmento de sedãs médios, como Toyota Corolla e Honda Civic. Desenvolvido sobre a plataforma do Nissan Sentra, o modelo oferecia espaço interno generoso, boa lista de equipamentos e uma proposta de sedã moderno e confortável.

As versões mais conhecidas traziam motor 2.0 16V de até 143 cv com câmbio manual de seis marchas ou o automático CVT X-Tronic, o mesmo utilizado pela Nissan. Também houve uma versão esportivada, a GT, com motor 2.0 turbo de 180 cv, que prometia mais emoção ao volante — embora nunca tenha conquistado o público em larga escala.

No papel, o Fluence parecia uma excelente compra. Era confortável, bem equipado (contava com central multimídia, GPS, ar-condicionado automático, chave presencial e seis airbags) e tinha bom desempenho. O problema foi a durabilidade e a falta de refinamento construtivo, que começaram a aparecer com o tempo.

Muitos proprietários relatam ruídos na suspensão e na coluna de direção com baixa quilometragem. As buchas, pivôs e coxins se desgastam rapidamente, e o reparo exige peças nem sempre fáceis de encontrar fora da rede autorizada. O motor, embora confiável em si, sofre com superaquecimento por falhas no sistema de arrefecimento e sensores defeituosos. A direção elétrica também é alvo de reclamações por estalos e travamentos.

O câmbio CVT, apesar de suave, tem histórico de falhas em unidades com alta quilometragem, o que exige reparos caros ou mesmo substituição completa. E como o modelo nunca foi um campeão de vendas, o pós-venda e a desvalorização penalizam ainda mais o proprietário.

Por que está na lista?
O Fluence ocupa um lugar entre os modelos mais problemáticos por unir bom custo-benefício inicial com uma manutenção que, a longo prazo, se torna complicada e dispendiosa. Apesar do conforto e da mecânica compartilhada com a Nissan, sua fragilidade estrutural, falhas na direção e desgaste prematuro da suspensão tiram a confiança do consumidor — e garantem sua vaga entre os carros que mais causam dor de cabeça no Brasil.

Leia também...