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6º lugar — Peugeot 207 Passion: o compacto que herdou mais problemas do que soluções.

O Peugeot 207 Passion nasceu como uma solução local para preencher a lacuna deixada pelo envelhecido 206 Sedan. Em vez de um projeto global, o modelo foi uma adaptação brasileira, que utilizou a base do 206 com visual atualizado inspirado no 207 europeu — o que rendeu críticas por ser, na prática, um “206 maquiado”.
Debaixo do capô, o 207 Passion oferecia motores 1.4 e 1.6 flex, com até 113 cv, acoplados a um câmbio manual ou automático de quatro marchas. Embora o visual fosse moderno para a época e o espaço interno razoável para um sedã compacto, o conjunto mecânico não agradou da mesma forma.
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O principal problema está na suspensão dianteira, notoriamente frágil. Buchas, bandejas e amortecedores precisam de trocas frequentes, especialmente em cidades com asfalto irregular — ou seja, praticamente todo o Brasil. A direção hidráulica, apesar de leve, apresenta vazamentos crônicos. E o motor 1.6 16V sofre com superaquecimento e falhas na bobina de ignição, o que compromete o desempenho e a durabilidade.
O acabamento interno, embora visualmente agradável, é composto por plásticos que rangem com o tempo, e os encaixes deixam a desejar. Além disso, a manutenção exige peças específicas e profissionais familiarizados com o projeto, o que encarece qualquer reparo fora da concessionária.
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Por que está na lista?
O 207 Passion entrou para a lista pela combinação de fragilidade estrutural, desempenho modesto e custo elevado de manutenção em relação aos rivais. A proposta era oferecer um sedã compacto com visual europeu, mas o que muitos donos receberam foi um carro que exige visitas frequentes à oficina e paciência acima da média.
5º lugar — Ford Fusion 3.0 V6: desempenho americano com manutenção indigesta

O Ford Fusion se consolidou como um dos sedãs grandes mais desejados do Brasil entre o fim dos anos 2000 e início da década de 2010. A versão com motor 3.0 V6, oferecida entre 2010 e 2012, prometia unir luxo, conforto e potência — e, de fato, entregava tudo isso. Mas também vinha com uma fatura alta no pós-venda.
Equipado com um motor V6 de 243 cv e câmbio automático de seis marchas, o Fusion 3.0 acelerava com vigor e fazia bonito na estrada. A tração integral (AWD) era um diferencial importante no segmento, garantindo mais estabilidade e segurança em curvas e pisos escorregadios. Além disso, vinha recheado de itens de série: ar digital dual zone, bancos de couro com aquecimento, sistema de som premium e teto solar.
O problema é que o conjunto mecânico exigia muito mais cuidados do que o comprador médio estava disposto a oferecer. O câmbio, por exemplo, apresentava trancos e falhas de engate já a partir dos 80.000 km, mesmo com a manutenção em dia. A suspensão dianteira sofria com batidas secas e desgaste precoce de bandejas, pivôs e coxins. E o motor, apesar de potente, não era dos mais econômicos — o consumo urbano ultrapassava facilmente os 6 km/l.
Outro ponto crítico está no corpo de borboleta da admissão, que tende a falhar com o tempo e comprometer o funcionamento do motor. O custo de reparo desses componentes, especialmente fora da rede autorizada, pesa no bolso e desvaloriza o modelo no mercado de usados.
Por que está na lista?
O Ford Fusion 3.0 V6 está entre os modelos mais problemáticos por concentrar uma série de falhas mecânicas caras de resolver. Embora ofereça uma excelente experiência de direção, seu histórico de manutenção complexa e peças difíceis de encontrar transforma o sonho do sedã executivo em uma dor de cabeça constante — especialmente para quem busca custo-benefício no dia a dia.